Navegando em Mercados Competitivos com Estratégias Ágeis e Oceano Azul

Navegando em Mercados Competitivos com Estratégias Ágeis e Oceano Azul

É fato que as cooperativas de crédito, por lidarem com diferentes públicos e atuarem com maior proximidade a comunidades por vezes desatendidas pelo sistema bancário tradicional, estão num cenário dinâmico e precisam buscar estratégias ágeis para se manterem relevantes em seus mercados.

Nesse aspecto, a busca por inovação e diferenciação é essencial para garantir competitividade e presença marcante na vida do cooperado (e principalmente na vida daquele que ainda não é cooperado). Uma experiência personalizada, através das várias tecnologias hoje disponíveis, pode ser a diferença entre reter ou não um cooperado e sua carteira de investimentos.

Segundo um estudo da Accenture (2023), 83% dos consumidores esperam uma experiência personalizada ao interagir com instituições financeiras. Ou seja, cerca de 8 entre 10 cooperados podem ser fidelizados através dessa estratégia.

Portanto, inspirados por métodos clássicos e modernos, como o conceito de Oceano Azul e as estratégias ágeis, vamos explorar aqui como as cooperativas podem transformar desafios em oportunidades para gerar resultados excepcionais. Acompanhe.

O conceito de Oceano Azul e sua relevância para cooperativas de crédito

O conceito de Oceano Azul, criado por W. Chan Kim e Renée Mauborgne, desafia empresas a saírem de mercados saturados (os “oceanos vermelhos”) para criarem espaços de mercado novos e inexplorados, evitando a competição direta e o atendimento a demandas já existentes.

Para as cooperativas de crédito, isso significa repensar serviços e produtos tradicionais e buscar maneiras de oferecer valor exclusivo aos cooperados. E alguns dos aspectos para isso acontecer já residem nos valores do cooperativismo, como priorizar a inclusão financeira e benefícios coletivos. Isso faz com que as cooperativas gerem valor único, distanciando-se da competição tradicional com bancos.

  • Exemplo prático:Uma cooperativa pode criar um aplicativo de gestão financeira que vá além das funcionalidades bancárias tradicionais, ajudando cooperados a planejar metas financeiras pessoais com base em algoritmos de inteligência artificial. Ao oferecer essa inovação, a cooperativa se posiciona como uma parceira indispensável no bem-estar financeiro do cooperado.

Estratégias Ágeis: Flexibilidade e Foco no Cliente

As estratégias ágeis, como Lean Startup e Design Thinking, são ferramentas poderosas para cooperativas que desejam inovar de forma eficiente. Elas permitem ciclos rápidos de desenvolvimento, feedback constante dos cooperados e ajustes contínuos.

Lean Startup

Criada por Eric Ries, é uma abordagem ágil para desenvolver negócios e produtos, focada na validação contínua de ideias. Baseia-se em ciclos rápidos de construção, medição e aprendizado, permitindo que empreendedores ajustem suas estratégias com base no feedback real do mercado.

A filosofia central é minimizar desperdícios, otimizar recursos e responder rapidamente às mudanças, testando hipóteses com produtos mínimos viáveis (MVPs). Assim, antes de investir em um novo serviço financeiro, uma cooperativa pode lançar um MVP para testá-lo com um grupo seleto de cooperados.

Exemplo: uma linha de crédito inovadora pode ser disponibilizada inicialmente para pequenas empresas locais, ajustando-se com base no feedback recebido.

Design Thinking

O Design Thinking é uma abordagem centrada no ser humano para resolver problemas de forma criativa e colaborativa. O objetivo é entender profundamente as necessidades das pessoas, gerar ideias inovadoras e criar soluções práticas, sempre com o foco na empatia e na solução de problemas reais.

Exemplo: Uma cooperativa pode utilizar essa abordagem para redesenhar processos de atendimento, tornando-os mais rápidos e intuitivos. Ao ouvir cooperados e mapear suas jornadas, a cooperativa pode eliminar gargalos e criar experiências encantadoras.

O Poder da Personalização para as Estratégias Ágeis

Hoje, a diferenciação vai além de produtos inovadores; está na personalização. Por isso, um dos principais aspectos das estratégias ágeis é a utilização de ferramentas de análise de dados para uma compreensão mais profunda sobre o comportamento e as necessidades de seus cooperados.

O uso de Big Data, por exemplo, permite a personalização em massa de produtos e serviços financeiros, adaptando-os grandes grupos com características similares, sem perder a individualidade. Isso permite que a cooperativa controle produtos de crédito com taxas ajustadas ao perfil de cada cooperado ou crie campanhas de marketing específicas para diferentes segmentos.

Além disso, essas análises ajudam a prever tendências e identificar oportunidades de melhoria nos serviços. O resultado é uma experiência mais fluida e satisfatória para o cooperado, que percebe valor na proximidade da cooperativa. Esse diferencial competitivo fortalece o relacionamento e impulsiona a fidelização, criando um ciclo virtuoso de crescimento sustentável.

Como manter seu Oceano sempre Azul?

Mesmo que novos mercados e demandas sejam criadas, ainda assim há o risco de saturação. O “tempo de navegação” e a observação da concorrência podem fazer com que seu Oceano Azul seja invadido por outros barcos e vá perdendo força.

Para resolver isso, é preciso pensar em algumas estratégias ágeis:

Inovação Incremental:

Em vez de lançar novos produtos constantemente, as cooperativas de crédito podem focar em melhorar os existentes.

Exemplo: uma conta digital pode ser atualizada com funcionalidades adicionais, como cashback em compras locais, mantendo-se atrativa e útil para os cooperados.

Parcerias Estratégicas:

Ao formar parcerias com startups financeiras, fintechs ou empresas de tecnologia, as cooperativas podem expandir seu alcance e recursos.

Exemplo: A integração de plataformas de pagamento digital pode aumentar a conveniência e incentivar a adesão de novos cooperados.

Conclusão

As estratégias ágeis e o conceito de Oceano Azul oferecem às cooperativas de crédito ferramentas indispensáveis para se diferenciarem em um mercado competitivo. Ao combinar inovação, personalização e flexibilidade, essas instituições podem criar valor sustentável para seus cooperados enquanto exploram novos horizontes.

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